Seria possível um mundo em que todos independente de sua cultura, falassem a mesma língua?
OFICINA DE COMUNICAÇÃO ASSISTIVA EM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
ATIVIDADE I
Seria possível um mundo em que todos independente de sua cultura, falassem a mesma língua?
Faça uma pesquisa sobre os regionalismos nas línguas de sinais, e escreva um texto de 10 a 20 linhas em que justifique sua resposta. Não se esqueça de utilizar exemplos para ilustrar sua narrativa.
Existe uma língua de sinais mundial? Em qualquer cidade ou estado os sinais são os mesmos? Existe alguma diferença entre os países ou até mesmo os estados?
Essas e outras perguntas são feitas por diversas pessoas que não conhecem a linguagem utilizada por pessoas portadoras de deficiência auditiva.
Como o próprio nome diz, a LIBRAS, ou Língua Brasileira de Sinais, é composta de todos os componentes pertinentes a qualquer língua. Isto quer dizer que não são apenas gestos ou mímicas, mas sim sinais com significado e estrutura próprios, apresentando organização neural (cerebral) igual às das línguas faladas.
Para exemplificarmos essa temática, preste atenção a nossa personagem. Paola Ingles Gomes cursa a 8ª série em São Paulo numa tradicional escola municipal para deficientes auditivos no bairro da Aclimação, a Helen Keller. Como outros colegas adolescentes, costuma ir à festa junina promovida pelo Instituto Santa Teresinha, um evento que virou referência entre estudantes surdos de todo o país. Paola conversava com um amigo de outro estado numa dessas comemorações anuais quando, entre risos, sinalizou que ele era um "palhaço", um tolo. O sinal usado indicava uma bola no nariz, assim como usam os palhaços. O rapaz não entendeu a "gíria" e coube a Paola indicar o contexto da palavra, por meio de outros sinais. Casos assim se repetem a cada interação entre deficientes auditivos de regiões diferentes, mas que adotam a mesma gramática gestual adotada pela Libras, sigla para Língua de Sinais Brasileira. Nesse universo sem