Graduando
Conhecer o papel do Egito no norte da África constitui uma parte fundamental do entendimento da antiguidade. Localizado entre o continente africano e o asiático e comunicando-se de forma constante com a Europa, ocupou sempre um papel central na região. Guarda lembranças inestimáveis, sendo a pátria das artes e possui um acervo de inumeráveis monumentos artísticos, templos e palácios ainda conservados. Figuras como Homero, Sólon, Pitágoras, Licurgo e Platão foram estudar no Egito as leis, as ciências e a religião.
Para ilustrar a grandeza da civilização egípcia, o teólogo francês Jacques-Bénigne Bossuet afirma que sua antiguidade é tal que é quase uma aproximação da eternidade: “Eles achavam belo perder-se num abismo infinito de tempo que parecia aproximá-los da eternidade [...] Nenhum povo conservou durante tanto tempo seus usos e suas leis. Foram os inventores da astronomia, da geometria e da medicina.” A influência do Egito em relação aos povos civilizados e sua antiguidade o torna fonte inestimável de conhecimento. Conhecer o Egito significa, portanto, recobrar as memórias da própria civilização.
Desde épocas muito remotas, o Egito mantém relações diversas com países vizinhos. Conhecedores da geografia da região e de terras próximas e longínquas, os egípcios estabeleciam atividades econômicas, comerciais, políticas e diplomáticas com os outros povos. A relação com o outro foi marcada por desconfiança, mas também por curiosidade. A cultura estrangeira só era aceita após ser adaptada para os padrões egípcios, como as divindades que recebiam um nome local. Os territórios estrangeiros eram cobiçados por seus recursos naturais e mão de obra, além da campanha de “egipcianização” das culturas locais.
Historicamente, o Egito representa o primeiro reino unificado conhecido, como também a mais longa experiência humana documentada de continuidade política e cultural. Sua história se estende de aproximadamente 3000 a.C. até 332 a.C. Apesar de ter