Ser Como Se
Willian Shakespeare, certa vez escreveu uma peça chamada Do Jeito que Você Gosta, onde o amor, a amizade está em relação com a natureza e a cultura. Porem não é apenas uma peça, mas uma forma de se aprender as diferenças de gênero. A protagonista uma garota, que foge do tio muito autoritário, precisando assim vestir-se de homem. Com este personagem ela brinca e tenta seduzir outra pessoa. Levando em conta que na época que Shakespeare escreveu a peça mulheres não podiam entrar em cena, ou seja, fazerem teatro, homens então se vestiam de mulher. Estes tinham a tarefa de convencer o publico de que realmente eram uma mulher, que dentro desta peça devia vestir-se de homem, e assim ser um homem autentico que é uma mulher que é um homem. Pena eu não poder descrever a peça no todo, mas para entendermos que gênero masculino e feminino como definição da palavra sexo hoje é muito, mais entendível com um modo de vestir, de gesticular do que um modo próprio de ser, é mais uma peça que se encena ao vivo no cotidiano do que uma condição natural.
A feminista (pesquisem) Simone de Beauvoir nos diz que ninguém nasce mulher, por exemplo, mas se torna mulher, é o próprio caráter teatral de gênero. Hoje gênero é figurino, fantasia que você escolhe e não deve satisfação para mais ninguém, nos questionando até que ponto os significados etimológicos das palavras tem validade. Vejamos para terminar se um homem pode vestir-se de mulher, será que as mulheres também não podem vestir-se de homens? Ao invés de termos a natureza biológica, vemos a representação concreta das pessoas na busca pela felicidade.
Somos convocados hoje a pensarmos em uma intersexualidade, a própria diversidade sexual que vivemos, tendo em vista uma nova forma de natureza sexual. Se ficarmos na idéia de que a ciência, o meio jurídico, ou outros meios que ditam padrões, definindo sexo como gênero e que realmente é o correto masculino e feminino, talvez estejamos desatualizados, pois temos