O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA
No ano de 4299 cinco membros de uma sociedade amadorística de exploradores de cavernas entram numa caverna no Condado de Stowfield.
Ao decorrer da caminhada no interior da caverna ocorreu um desmoronamento que bloqueia a única saída. Sendo assim, seus familiares notaram suas ausências dos entes à sociedade, e notificaram a secretaria da associação que imediatamente enviou uma equipe de resgate. A equipe trabalhou arduamente, mesmo após uma series de deslizamentos que causaram a morte de 10 operários.
No vigésimo dia é descoberto que os exploradores levam consigo um rádio, transistorizado, estabelecendo- se assim uma comunicação com os mesmos, que logo questionaram sobre o tempo necessário para o resgate. Sendo informados que a desobstrução demoraria pelo menos mais dez dias; questionaram acerca da probabilidade de sobrevivência sem alimento por mais esse período, e foram informados que dificilmente sobreviveriam.
Um dos confinados, Roger Whetmore, em nome do grupo, perguntou se poderiam resistir se sorteassem um dentre eles para ser morto e servido de alimento. Quanto a um pronunciamento moral sobre a questão, houve omissão por parte das autoridades locais. A partir deste momento interrompeu-se a comunicação. Libertados no trigésimo segundo dia, os exploradores relataram que após 23 dias confinados Whetmore havia sido morto e servido de alimento aos demais. Whetmore sugeriu que o sorteio fosse realizado por meio de um lance de dados que ele trazia por acaso. Todos concordaram porém, antes do sorteio, Roger decidiu esperar por mais uma semana, sendo acusado de violar o pacto. Recusando-se a lançar os dados, o fizeram seus companheiros em seu lugar, sem objeção do mesmo e, para seu infortúnio e má sorte caiu sobre seu próprio Whetmore.
Após serem libertados foram submetidos a um intensivo tratamento psicológico e nutricional, assim que se recuperaram os sobreviventes foram submetidos a julgamento, sendo acusados de homicídio