O que é o ser
Quatro concepções acerca do que é o SER:
•Heráclito (540 – 480 a.C.): o Ser que é sempre transformação de si.
• Parmênides (540 – 450 a. C): o Ser idêntico a si mesmo, ou seja, que não se transforma; não deixa de ser o que é.
• Platão (428 – 347 a. C.): A divisão entre o ser do mundo sensível (material) e o Ser no mundo das ideias.
• Aristóteles (384 – 322 a. C): o Ser que é em ato e em potência, em essência e em acidente, e as quatro causas da existência de cada ser.
Heráclito (540 – 480 a.C.)
• Para Heráclito, a harmonia e a unidade do mundo nasce da divergência e da oposição entre forças que se opõem umas às outras (guerra-paz, noitedia, vida-morte, etc).
• A verdade do Ser é a sua constante transformação; o Ser sempre se transforma.
Assim como a vida se transforma em morte, e a noite em dia, o Ser é um devir; é um vir a ser.
Nas palavras de Heráclito, “é impossível banharse duas vezes na mesma água de um rio”.
• Para Heráclito, o fogo é simbolicamente a arqué do universo. O mundo é como um fogo eterno e “nenhum homem e nenhum Deus o fez”. (Abrão, 2004, p. 32)
• Tal filósofo defende que, quando os sentidos apontam para a suposta existência de um ser que não se transforma, é porque são envolvidos pela ilusão de uma falsa sabedoria, pois o verdadeiro logos (discurso racional e sábio) identifica qual é o verdadeiro Ser, e este é transformação constante de si.
Parmênides (540 – 450 a. C)
• “Parmênides, ao contrário de Heráclito, procura eliminar tudo o que seja variável e contraditório” (ABRÃO, 2004, p. 32).
• O Ser, para Parmênides, é sempre idêntico a si próprio, ou seja, não pode deixar de Ser; é único, imóvel, imutável, sem variações, eterno.
• As constantes mudanças e contradições são ilusões; meras aparências produzidas por opiniões enganadoras e não pelo conhecimento do verdadeiro
Ser.
• O pensamento de Parmênides “(...) inaugura a metafísica (por não se contentar com a aparência das