Sequenciamento de dna
Paulo Paes de Andrade
Texto baseado na aula de sequenciamento do site www.biolmol.cjb.net
Até meados da década de 70 não era nada simples obter uma sequência de DNA, fosse ele fita simples ou dupla. De fato, trabalhar com DNA era muito mais complicado do que com proteínas e o conhecimento sobre os ácidos nucléicos avançava de forma lenta. No início da década de 80 uma técnica relativamente rápida de sequenciamento de DNA foi desenvolvida, que empregava a quebra de uma cadeia de DNA com diferentes produtos químicos e a visualização dos fragmentos gerados por eletroforese. Havia necessidade de fazer-se a marcação radiativa das moléculas porque a quantidade de material produzida era muito pequena e não podia ser detectada de outra forma. Mesmo com todas estas dificuldades houve então um rápido progresso no conhecimento de sequências de DNA. Poucos anos depois um novo avanço tecnológico foi alcançado pela introdução da técnica de interrupção da sequência pela incorporação aleatória de um nucleotídeo modificado (sem a hidroxila na posição 3´), que ficou conhecida como técnica de didesoxi ou dideoxi. Esta técnica suplantou imediatamente a anterior e permitiu o desenvolvimento de sequenciadores automáticos de DNA, sobre os quais versa este capítulo. Ainda se faz eventualmente o sequenciamento manual, mas é muito mais trabalhoso, caro e arriscado, pois emprega substâncias radiativas. De uma forma geral quando desejamos saber uma sequência de bases de um fragmento qualquer de DNA, purificamos o fragmento e enviamos para sequenciamento numa empresa prestadora deste serviço.
Mas, afinal, como produzir um DNA para sequenciamento e do que se trata a técnica de dideoxi?
A primeira parte da pergunta é crucial: de fato, se queremos sequenciar um trecho de DNA, temos que ter uma grande quantidade dele no nosso tubo de ensaio. Duas formas corriqueiras de se obter grandes quantidades de uma determinada sequência de DNA são a