Sentido da Pele - Psicologia da Percepção

Ete capítulo é dedicado ao estudo das percepções da pele, ou seja, do sentido cutâneo (palavra derivada do latim cutis, que quer dizer "pele':). A pele responde aos eventosfísicos que ocorrem nas vizinhanças do organismo; dessaforma, fornece informações sobre a natureza das superfícies e dos objetos que estão em contato direto com ela. Assim, ao tocarmos e sermos tocados percebemos os objetos e as superfícies, sentimos frio e calor e experimentamos sensações dolorosas. No entanto, a sensibilidade cutânea não se restringe a esseseventos sensoriais gerais. Também somos capazes de experimentar sensações complexas e "misturadas", como quando fazemos contato com superfícies oleosas,pegajosas, úmidas, ásperas, suaves, vibratórias e as que produzem cócegas e coceiras. Além do mais, quando sentimos os objetos, ao manuseá-los ou agarrá-los, também somos capazes de reconhecer sua forma tridimensional. Nesse caso, não somente empregamos o tato ou as informações fornecidas pela pre.s:sãosobre a pele, mas a elas também agregamos dados provenientes da extensão e da distensão - informações cinestésicas- dos músculos, dos tendões e dasjuntas dos dedos e das mãos. As informações cinestésicas e cutâneas são às vezes coletivamente denominadas sentido "cOlporal" ou somestesia.
Geralmente, o registro das informações cutâneas se dá por meio da estimulação mecânica direta da superfície do corpo ou pela estimulação térmica proveniente de uma fonte irradiadora de calor. Nos seres humanos, essa estimulação vem principalmente da pele e, em especial, de algumas partes acessórias do colpo, como as mãos e os dedos. No entanto, as informações cutâneas são recolhidas não apenas por vias diretas através da pele, mas também indiretamente por outras estruturas superficiais, como ospêlos e as unhas. Nos animais inferiores, a estimulação da pressão pode vir também das garras, das patas, dos chifres, dos vibrissas (bigodes) e das antenas - que são estruturas mediadoras separando o