Sentença de aniversário
Vistos etc...
Os Serventuários e Amigos da Justiça da Comarca de Juazeiro, devidamente identificados na peça proemial, ajuizaram a presente ação de Obrigação de Fazer em face de NEUSA MARIA BARBOSA DA SILVA, pelos motivos alinhados nos autos.
Esclarecem os autores que a ré nasceu em casa, na Rua Quintino Bocaiúva, centro da cidade de Juazeiro, Bahia, no dia 07 de dezembro de 1960, numa quarta-feira, com certeza ensolarada. Aduzem, em síntese, que a requerida é a segunda filha de Severino e dona Maria, que possui seis irmãos, 06 sobrinhos, 02 cunhadas e 01 sobrinha-neta, que ela tem certeza que é neta dela.
Ainda sobre a qualificação da ré, asseveram os autores que a demandada trabalhou pouco na vida, tendo apenas dois empregos: o primeiro, aos 18 anos, no Escritório de Contabilidade do Sr. José Batista Mota, popular Zito e o segundo, no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, onde fez inúmeros amigos, arrumou alguns amores e continua até o dia atual, aguardando, nem tão paciente assim, o dia de sua esperada aposentadoria.
Informam que a ré é pessoa de bom coração, mas, às vezes, tem umas demonstrações de impaciência, o que lhe rendeu o carinhoso pseudônimo de “Dona Bruta”. Isso porque, alegam os autores, quando no exercício de sua função de Procuradora de Processos da Justiça, que, convenhamos é um ofício terrivelmente exaustivo, ao encontrar um processo de difícil localização, ao invés de se alegrar, a ré esbraveja aos quatro cantos do cartório a sua chateação.
Há, ainda, o agravante de ser a ré uma pessoa flamenguista o que faz com que, por vezes, permaneça alienada ou enraivecida – quando o time não logra êxito na partida, ou com leves esgares faciais, quando o time ganha, o que não tem acontecido com muita freqüência, ultimamente, diga-se de passagem.
Os autores pugnaram pela realização de uma audiência de tentativa de conciliação, uma vez que a parte irá completar 50 anos e, portando, tendo condições plenas de gerir a própria vida, ressaltando as