Senso comum e saber científico

O saber popular sempre foi utilizado para tratar as doenças que acometem o ser humano. Desde o uso de meios religiosos, como a reza, ao uso de plantas medicinais; Tudo isso era usado como forma de curar os enfermos. Com o avanço da ciência proviniente do Renascimento Cultural, pós- idade média, esse tipo de prática veio perdendo seu mérito. Repensando isso, nos dias de hoje se discute a articulação de saberes técnicos e populares, resgatando-se o valor do senso comum. A promoção da saúde, que consiste na integração do saber popular na ciência, afim de reestabelecer a condição de indivíduo integral, com parte física e mental, tem ganhado grande aceitação; Afinal, essa prática faz parte do plano atual da medicina: Enxergar o paciente como um todo, analisando seus aspectos psicossocioambientais, fazendo com que cada pessoa seja vista de maneira singular e recebendo um diagnóstico cada vez mais condizente com a realidade. Todo saber científico surgiu de um saber popular. Portanto, a prática que os envolve não pode ser enxergada de maneira compartimentalizada, pois toda forma de saber é válida e pode trazer benefícios para nossa vida. A ciência pode e deve estudar a forma com que as práticas populares influenciam no organismo humano sem preconceito e sem diminuir sua utilidade; Dessa forma valorizamos o senso comum da maneira como deve ser valorizado, e trazemos melhorias para o nosso cotidiano. No século 17 Renne Descartes apresentou a ideia de que a medicina deveria ser centrada na detecção de uma doença e posteriormente na busca de sua cura. Essa análise fez com que os profissionais da saúde, muitas vezes, negligenciassem os aspectos psicossocioambientais que envolvem a condição saudável do paciente, deixando de compreender esses fatores como sendo essenciais para determinar as necessidades do enfermo. A teoria de Descartes dissociava o ser humano em mente e corpo, valorizando somente o aspecto físico