Araxá: a afirmação da perspectiva modernizadora O documento de Araxá resultou da reflexão de 38 assistentes sociais impulsionado pela apreciação da profissão: “como prática institucionalizada, o Serviço Social se caracteriza pela ação junto aos indivíduos com desajustamentos familiares e sociais, decorrentes das estruturas sociais inadequadas”. Está compreende dimensões corretivas, preventivas e promocionais, no sentido que “promover é capacitar”. A introdução do Serviço Social no processo de desenvolvimentos, levaria a plena utilização dos recursos naturais e humanos, a uma realização integral do homem, ou seja, seria o ponto de partida para fundamentação ideológica do desenvolvimento global. Consequência dessas afirmações surge uma tensão entre o tradicional e o moderno, pois impõe ao Serviço Social desempenhar novos papéis, rompendo a exclusividade aos processos de caso, grupo e comunidade, rever seus elementos constitutivos, elaborar e incorporar novos métodos e processos. Logo nas primeiras páginas do documento, na relação entre “objeto remoto” e “objetos operacionais”, é perceptível o transformismo do tradicional para o moderno. Fica explicito a postura e os fundamentos da ação do Serviço Social, que afirma, o direito da pessoa encontrar na sociedade as condições para sua sobrevivência e auto-realização, estímulo ao exercício da livre escolha e de responsabilidade de decisões, respeito aos valores, padrões e pautas culturais. Os criadores de Araxá objetivavam distinguir os princípios étnicos e metafísicos que serviram como base para a ação do Serviço social, assim como os princípios operacionais, que seriam as normas de ação de validade universal da profissão. Aprofundando-se na profissão, o documento reconhece que elas se efetivam em dois níveis da microatuação (discute a prática profissional voltada para a prestação de serviços diretos – Caso, Grupo, Comunidade e trabalho com a população) e macroatuação (voltada para a