Seminários de Araxá e Teresópolis
Diante de uma perspectiva modernizadora da sociedade brasileira em função de um progresso acelerado viu-se a necessidade de uma renovação do serviço social. Porém essa renovação se daria para atender as necessidades do capital, ou seja, a formação do curso seria voltada para atender demandas do capital o que já não fugia de sua ideia inicial. Com a estabilização do capitalismo monopolista ocorreu uma maior exploração dos trabalhadores a partir do arrocho salarial. A questão social era tratada pela ditadura militar através da assistência e repressão, o serviço social era utilizado como um facilitador de acumulação de capital, pois, viria a tratar primordialmente os interesses do Estado. O Seminário de Araxá ocorreu entre os dias 19 e 26 de Março de 1967 e dedicava-se a formular um documento que explicitasse a importância do profissional de Serviço Social exercer sua função acordadamente com o desenvolvimento social da realidade em que se encontrava através uma perspectiva desenvolvimentista. Foi uma primeira tentativa de se teorizar o serviço social, onde juntaram-se 38 assistentes sociais e a partir daí procurou identificar a sua metodologia, objetivo, natureza e funções, assim como a associação entre teoria e prática do Serviço Social para adequar-se a conjuntura brasileira da época. Neste documento, definiu-se como o profissional de serviço social viria a atuar, ou seja, ele determina que o assistente social deveria intervir nos desajustamentos sociais e familiares com um caráter de correção, prevenção e promoção, modificando estruturas sociais tidas como inadequadas, intervindo e removendo as causas desse desajustamento, assim como integrar esses indivíduos na sociedade de forma que passem a contribuir para o desenvolvimento social.
Dialoga sobre a participação popular e sua importância na contribuição do projeto desenvolvimentista, devendo essa população ter entendimento sobre os problemas sociais.