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Marcas de camisinha reagem às vendas fracas no varejo
13/02/2012 - Valor Econômico Jornalista: Adriana Meyge
O mercado de preservativos é disputado ponto a ponto por quatro marcas no Brasil. Jontex e Olla (Hypermarcas), Blowtex (Ansell) e Prudence (DKT International) têm 80% das vendas no varejo. O problema é que o movimento está fraco e, por isso, elas estão mudando suas estratégias.
As vendas de camisinhas no varejo cresceram apenas 1,5% em unidade no ano passado em relação a 2010, e o volume ainda foi menor do que o comercializado há três anos. Os preços reajustados e o mix de produtos colaboraram para um aumento maior em valor, de 5,5%, levando o mercado a movimentar R$ 203 milhões em 2011.
A demanda por preservativos cresce, mas o maior volume é atendido pela distribuição gratuita do governo. O Ministério da Saúde entregou no ano passado 420,3 milhões de preservativos - volume 60% maior do que o total vendido no varejo. Nas duas últimas licitações federais, em 2009 e em 2011, o governo adquiriu mais de 1 bilhão de camisinhas. O número de casos de aids e óbitos pela doença entre jovens brasileiros aumentou de 2006 a 2009 e começou a cair em 2010.
O foco dos grandes fabricantes, no entanto, não é a licitação pública. A estratégia é fortalecer suas marcas e fazer com que as vendas saltem no varejo. O consumo per capita mostra que ainda há muito espaço para crescer. O brasileiro não chega a usar 2 camisinhas (usa 1,6) por ano. Nos Estados Unidos, são 4,5.
Enquanto as três marcas que disputam o segundo lugar no varejo (Blowtex, Olla e Prudence) cresceram em participação de mercado no ano passado, a líder Jontex perdeu um pouco: passou de 23,4% para 23,1%, de acordo com dados obtidos pelo Valor junto a clientes da Nielsen. A Olla foi a marca que mais ganhou participação, numa disputa ferrenha com a Blowtex.
As vendas da Prudence cresceram 22% em volume e 31% em valor em 2011, de acordo com Denise Santos, gerente de marketing da