Semente de chicha torrada
ANTINUTRIENTES PRESENTES NAS
AMÊNDOAS CRUAS E TORRADAS DE
CHICHA
A amêndoa de chichá ou também conhecida popularmente como amêndoa do cerrado, castanha de macaco, chichá, mendubi-guaçu, arachachá, paurei e xixá é uma planta nativa do cerrado, encontrada principalmente nos estados de Minas Gerais, Goiás,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia,
Piauí, Maranhão e Distrito Federal. Vem do nome indígena de origem Tupi, xixá e significa “fruto semelhante a mão ou punho fechado”.
As sementes de chichá são ovóides, com 2cm de comprimento apresentam duas cascas, uma externa de cor negra e uma interna de cor cinza.
No interior da semente encontramos uma amêndoa, que são popularmente consumidas crua, torrada ou cozida .
A árvore floresce durante os meses de Março a Maio e a frutificação é de Agosto a
Novembro. É uma árvore de porte grande, crescendo de 8 a 25 metros de altura e com o tronco castanhoamarelado de 30 a 60 cm de diâmetro, e os frutos quando maduros são avermelhados, são semelhantes a um trevo com 4 ou 5 cápsulas, cada uma contem de 5 a 8 sementes, que tem uma amêndoa saborosa. Em um estudo realizado no ano de 2007, o qual teve como objetivo analisar os componentes químicos e antinutrientes antes e após torrefação da amêndoa de chichá da espécie Sterculia striata, oriunda de Corrente, no Piauí, foi possível conhecer mais sobre essa amêndoa. Análise Nutricional
• As amêndoas de chichá cruas ou torradas têm alto teor de proteína, pois apresentam mais de 20% da ingestão diária recomendada por
100g.
• Possuem um alto teor de fibras, sendo a maior parte formada por fibras insolúveis.
• A torrefação é um tratamento térmico que pode melhorar a digestibilidade das proteínas, inativar antinutrientes, formar compostos aromáticos, causar escurecimento e evaporação de água.
• A perda de água provocada pela torrefação da amêndoa concentrou o teor relativo dos
demais