Peru de Natal
Mandioca e Milho
Mandioca
A mandioca talvez seja originária do litoral tropical brasileiro. É possível, porém, que provenha de alguma área mais seca do sopé dos Andes, onde começa a bacia de drenagem do Amazonas. Ou nas margens mais ou menos secas do Caribe.
Planta cultivada e não se traçou sua linhagem até um ancestral silvestre específico. Perdeu a capacidade de reproduzir-se por sementes e tem sido transmitida, geração por geração, por mudas.
Em alguns locais do Brasil, o termo mandioca é utilizado tanto para a Manihot utilissima (aipim ou macaxeira ou, ainda, mandioca-doce) quanto para a Manihot esculenta (mandioca-brava ou mandioca-amarga). As duas são cultivadas na América do Sul, por vezes no mesmo campo (as doces seriam produtos de seleção).
O aipim (doce) é cozido ou assado na brasa. A mandioca amarga é ralada, lavada, espremida e assada no forno. São mais ricas em amido e superiores como alimento.
Onde a mandioca amarga dominou, ela era a matéria prima principal para o pão, subordinando o milho.
Civilização da mandioca
A Amazônia foi o grande polo de desenvolvimento cultural no Brasil antes da chegada dos colonizadores portugueses. Os vários grupos indígenas não estavam isolados, mas articulados por intermédio de redes comerciais.
Essa região foi um importante centro de domesticação de plantas e animais, tendo um sistema produtivo baseado no cultivo e manipulação da mandioca amarga.
O crescimento demográfico teria provocado competição e guerra, iniciando um processo de migração em direção à região centro sul do território brasileiro, levando as realizações culturais da Amazônia central.
Duas hipóteses para a saída desses grupos da
Amazônia para o sul:
Deixaram seu centro de origem na Amazônia
(provavelmente entre as bacias dos rios Madeira e
Tapajós), atingiram o rio Paraguai