sem abrigo
O sem-abrigo é uma realidade muito presente na sociedade em que vivemos. Trata-se, de fato, de um problema social complexo, com consequências graves para a coesão social, uma vez que relacionado com este se encontram problemas como a estigmatização, a segregação, a exclusão, o desrespeito do outro e a marginalização.
Com frequência nos cruzamos com pessoas dos dois sexos, de diferentes idades e etnias, estrangeiros que mal sabem falar português e que recorrem à mendicidade ou ao desenvolvimento de pequenas tarefas (arrumar carros ou lavar os vidros para-brisas) para ganhar a vida.
O fenómeno dos sem-abrigo não se limita aos países mais pobres. Constata-se que ser sem-abrigo durante um período mais ou menos longo pode acontecer a qualquer pessoa vivendo num qualquer pais, inclusive nos mais ricos.
Também não resulta, necessariamente de catástrofes natural ou humana, pois numerosos são os estudos que revelam que os acontecimentos capazes de levar as pessoas a fazerem parte deste mundo especifico são numerosos e diversificados.
Hoje em dia, ser sem-abrigo é uma realidade para muitos homens, muitas mulheres e crianças, não sendo portanto nenhum fenómeno novo porque verifica-se, ao longo da história, que sempre existiram pessoas desta condição embora, após os anos oitenta do século passado, tal fenómeno se tenha intensificado, atingindo uma população cada vez mais diversificada.
Embora as situações de sem-abrigo tenham causas sociais diversas, uma parte significativa deste agravamento da situação é o resultado do aumento do desemprego, dos baixos salários e do ciclo de pobreza e de exclusão social que atingem milhares de famílias – na sua maioria agregados familiares nucleares, em idade ativa e com profissões pouco qualificadas, incluindo as famílias monoparentais, que as impedem de puderem assumir as suas responsabilidades.
O fenómeno sem-abrigo não é algo que acontece
por acaso: está relacionado com experiencias,