Sei lá
Apóia a idéia de que os africanos foram participantes ativos no mundo atlântico, tanto no comércio africano (inclusive no comércio de escravos) quantos como escravos no Novo Mundo. Logo na introdução, o autor discorre sobre sua obra e seu campo de pesquisa, enfatizando que seu livro é uma tentativa de resgate da história da imigração dos africanos para as Américas. É notória, pois, a crítica que Thornton faz a alguns historiadores africanistas, como Braudel, que com sua concentração nos esforços europeus, quase não menciona o papel de outras sociedades atlânticas.
As línguas, a essência religiosa, a filosofia, os sistemas políticos, as estruturas familiares e a estética coexistem de maneira harmônica, entretanto acabam não, sobrevivendo às dificuldades como migrações, por exemplo. Por isso, talvez, as culturas africanas são, quase sempre analisadas sob o aspecto dos traços. Podemos então concluir que o longo processo de "descobrimento" e exploração do mundo atlântico, além de complexo foi digamos que "doloroso" para as partes exploradas e decisivas para o mundo contemporâneo, visto que além dos esforços europeus de obtenção de maiores riquezas através do novo mundo atlântico, os africanos escravizados foram cruelmente transportados e torturados ao longo da época escravista.
Biografia:
John Thorntton nasceu em 1949 em Boston é professor de história da Boston University, tendo lecionado na Millersville University, na University of Virginia, na Allegheny College e na Universidde da Zâmbia. Atuou como curador de mostras sobre a África para museus e fundações, entre eles o Museu de História Natural, Smithsonian Institution, Washington, D.C. É consultor de história africana da Encyclopaedia Britannica desde 2000. Fluente em francês, português, italiano, alemão, holandês, Kisuahili e hausa, já publicou diversos livros, entre eles "A África e o africano na formação do mundo atlântico 1400 – 1800
Restauração, reinvenção e recordação: recuperando