Olho para a rua, mete o fone no ouvido e preparo-me para começar, bem nem sei o quê. Mas subitamente quando começo a ouvir a música, percorre-me uma inspiração vinda do nada. Tudo o que visualizo neste momento foi o que já vivi, é o meu passado. Meto-me a olhar para ele e o que eu vejo, bem não tem assim nada de muito especial, mas fez-me ser quem eu sou hoje. Sei que estou a vaguear muito no assunto, que não é nada certo o que escrevo, mas é o que sinto. Com o passar do tempo, torno-me mais sábia do que recordo. Sei que o passado, não pode ser mudado, ele é como é. Não o posso mudar, por mais que o queira. Ele ensinou-me tudo o que se pode saber acerca da vida, pode não ter sido da melhor maneira, mas ele ajudou-me a compreender o certo do errado. Precisamente na altura, em que eu fui mais ingénua ele encarregava-se de me avisar, mas eu ia ignorando os avisos dele, até que acabei por cair sem ninguém, para me ajudar a levantar. Mas eu consegui levantar-me e demonstrar que eu era mais forte, do que aquilo que pensavam. O meu destino fez-me cair no chão, bater no fundo das maiores fortalezas da solidão, com o simples sentido de me fazer abrir os olhos para perceber com quem eu lidava na realidade. A partir do momento que isso aconteceu, bem eu vi que não passavam de um monte de gente falsa, que só sabia viver com intrigas á sua volta, que criticava os olhos achando-se superiores, donos da razão. Mas eles também não tinham nada e acima de tudo também não eram ninguém na vida, eram e são apenas mais umas pessoas que ocupam o mundo, como se ele já não tivesse cheio de gente insolente que só quer o mal de toda gente, que são egocêntricos. Ninguém necessita de gente assim, falsa e repugnante como uma cobra que esta sempre a procura da próxima presa para a comer viva. Gente que não interessa a ninguém. Infelizmente dava-me com gente assim e não o percebi a tempo, mesmo com avisos que me davam eu não ia lá. Precisei de bater mesmo no fundo e aí percebi, que isto afinal