Segurança
Planejando melhorias
Cada empresa deve desenvolver o seu próprio sistema conforme sua realidade
Nelma Mirian Chagas de Araújo
O país tem sofrido transformações de forma acelerada em seu cenário produtivo e econômico. A abertura do mercado nacional, a criação do Mercosul, a privatização de empresas estatais, a concessão de serviços públicos, a nova Lei de Licitações e Contratos e a redução nos preços de obras públicas, residenciais, comerciais e industriais exemplificam essas mudanças. Delineia-se, assim, uma nova realidade que coloca desafios importantes para as empresas construtoras, entre os quais o da sua sobrevivência em um mercado mais exigente e competitivo. É fato que a indústria da construção ocupa lugar de destaque no cenário sócio-econômico do país, tanto pelo número de pessoas que emprega, direta ou indiretamente, quanto pela sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Entretanto, essa indústria, infelizmente, também se destaca pelo elevado número de acidentes. De acordo com Araújo (2002), na construção existe uma multiplicidade de fatores que predispõe o operário aos riscos de acidentes, tais como instalações provisórias inadequadas, jornadas de trabalho prolongadas, serviço noturno, a falta de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e o não-uso ou uso de maneira incorreta do Equipamento de Proteção Individual (EPI). Também devem ser considerados os fatores de ordem social como os baixos salários, que induzem o operário a alimentar-se mal, levando-o à desnutrição e predispondo-o às doenças em geral. Todos esses aspectos estão inter-relacionados com a Segurança do Trabalho, e contribuem para que se tenha um elevado número de acidentes de trabalho. A Segurança do Trabalho, a produtividade e as condições de alojamento de operários são os três eixos que devem nortear a organização de uma obra. Por isso, os mesmos ficam prejudicados quando o planejamento não os contempla.
Nelma Mirian Chagas de Araújo - Professora e