Segurança Publica
Com efeito, a ausência de políticas públicas por parte dos governos federal, estaduais e municipais permitiu a ascensão do crime organizado, chegando ao ponto em que se encontra atualmente, em que líderes de facções criminosas, mesmo presos em presídios tidos como de segurança máxima, têm determinado ataques contra os agentes públicos responsáveis pela segurança da população. No estado de São Paulo a onda de violência desencadeada nos últimos meses descortinou a fragilidade estrutural das instituições que lidam com a segurança pública, tendo em vista que, apesar de todo o esforço, não se obteve êxito na tentativa de neutralização das ações criminosas. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, até a data em que este artigo foi escrito, cerca de 90 agentes de segurança pública haviam sido mortos no ano de 2012, entre aposentados e em atividade.
Há de ressaltar, todavia, que todo esse cenário já era previsto, porquanto, embora o tema segurança pública tenha sido abordado nos últimos anos nas campanhas eleitorais tanto à Presidência quanto para Governadores, muitas das propostas não se concretizaram devido a interesses partidários e a vaidades políticas, que, infelizmente, ainda estão acima do interesse público. Enquanto por anos os governos, por serem filiados a partidos diferentes, não se articularam a fim de solucionar os gravíssimos problemas de segurança pública – que de há muito já se mostravam preocupantes –, o crime se organizou e tomou conta dos lugares onde a atuação estatal mostrava e ainda mostra-se ineficiente. Essa ineficiência, aliás, foi responsável pelo surgimento de ações paralelas à atuação