Segunda fase do modernismo no brasil
Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopeias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas. (Graciliano Ramos)
No texto, a referência aos pés:
(A) Constitui um jogo de contrastes entre o mundo cultural e o mundo físico do personagem.
(B) Acentua a rudeza do personagem, em nível físico.
(C) Justifica-se como preparação para o fato de que o personagem não estava preparado para caminhada.
(D) Serve para demonstrar a capacidade de pensar do personagem.
(E) nda
“No meio do caminho” representa uma das criações de Carlos Drummond de Andrade. Assim, ei-la logo abaixo, cuja intenção é fazer com que você explicite algumas considerações acerca das ideologias que demarcaram a carreira artística deste nobre representante de nossas letras. Lembre-se de enfatizar acerca do contexto histórico que demarcou a época a que pertenceu Drummond:
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra
(PUC-RS)
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a