SEDNA
Sedna é quase certamente um planeta anão,9 porém a União Astronômica Internacional ainda não o designou formalmente como tal. Mesmo com aproximadamente 1 000 km de diâmetro, sua distância do Sol dificulta a determinação de sua forma, então não se sabe se está em equilíbrio hidrostático. Análises espectroscópicas revelaram que a composição da superfície de Sedna é parecida à de outros objetos transnetunianos, sendo principalmente uma mistura de gelo de água, metano e nitrogênio com tolinas. Sua superfície é uma das mais vermelhas no Sistema Solar.
A órbita extrema de Sedna, com um período orbital de cerca de 11 400 anos e um perélio de 76 UA, tem criado muitas teorias sobre sua origem. O Minor Planet Center classifica Sedna como um objeto do disco disperso, um grupo de objetos enviados a órbitas alongados pela influência gravitacional de Netuno. No entanto, essa classificação tem sido contestada, uma vez que Sedna nunca chega perto de Netuno para ter sido afetado pelo planeta, o que levou alguns astrônomos a acreditarem que ele é o primeiro membro conhecido da parte interna da nuvem de Oort. Outros especulam que Sedna foi colocado em sua órbita atual por uma estrela, possivelmente do aglomerado em que o Sol nasceu, ou até mesmo que foi capturado de outro sistema planetário. Outra hipótese sugere que sua órbita pode ser a evidência de um grande planeta além da órbita de Netuno. O astrônomo Michael E. Brown, o co-descobridor de Sedna e dos planetas anões Éris, Haumea e Makemake, acredita que Sedna é cientificamente o objeto transnetuniano mais importante já descoberto, pois o entendimento de sua órbita anormal