Secagem de Grãos
Apesar de o Brasil ser um país eminentemente agrícola, sua produção de grãos caracteriza-se por apresentar safras irregulares por outro lado, a população cresce 2,5% a 3,0% ao ano, tendo como conseqüência o aumento da demanda por alimentos. A necessidade de uma rede de armazenamento e de tecnologia adequada para atender essa demanda é fundamental para equilibrar a oferta de grãos nos períodos de entressafra e de eventuais frustrações de safra. Esse equilíbrio entre a demanda e a oferta tem como conseqüência a regularidade do abastecimento e a estabilidade dos preços. Além disso, a exportação de grãos tem importante participação no equilíbrio da balança comercial brasileira. Em razão disso, o país necessita ampliar pesquisas na área de secagem armazenamento de grãos para as condições brasileiras.
As estimativas mais otimistas indicam que as perdas totais de grãos no Brasil oscilam entre 25% e 30% da produção (Brasil, 1993). Essas perdas referem-se ao ponto de colheita inadequado, má regulagem e operação de máquinas, transporte deficiente e más condições de secagem e armazenamento. Incentivando-se a secagem e o armazenamento na propriedade agrícola, é possível reduzir substancialmente as perdas dos produtos. Segundo Silva (2000), a capacidade estática brasileira de armazenamento situa-se entorno de 90 milhões de toneladas, o que atenderia a produção atual de grãos. No entanto, cerca de 50% dessa rede armazenadora é constituída de armazéns convencionais para o armazenamento de grãos ensacados, imprópria para o armazenamento a granel. Cerca de 55% das instalações adequadas ao armazenamento a granel fazem parte da rede oficial e 45% são de responsabilidade da iniciativa privada. Essa inadequação de parte da rede armazenadora é agravada pela sua má distribuição, mais concentrada na faixa litorânea do país e em grandes cidades. Além disso, apenas 5% da capacidade armazenadora localiza-se nas propriedades agrícolas. Caracteriza-se, assim, um