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Nos últimos cinqüenta anos, a população urbana cresceu de maneira significativa em todo o planeta, em escala maior nas regiões menos desenvolvidas
Segundo estimativas da ONU, no ano de 2007, pela primeira vez na história da humanidade, haverá mais pessoas morando nas cidades do que no campo.
Este número indica uma aceleração urbana, em especial das últimas décadas, a qual se caracteriza por um padrão de expansão desordenado e descontínuo, via de regra sem organização ou planejamento algum.
A rapidez deste processo de urbanização, no Brasil, trouxe para as cidades inúmeras aspirações sociais e, acima de tudo, inúmeras carências, o que, na prática, tem caracterizado uma constante e crescente urbanização da pobreza. realizaram-se nessa época mapeamento da mancha urbana e monitoramento da expansão urbana horizontal; estimativa da população em períodos inter-censitários, com base na relação da população com a área urbanizada; análise da conformidade da ocupação urbana com o sítio geográfico, das redes regionais de cidades e do uso urbano frente aos outros usos da terra. Os trabalhos eram mais acadêmicos e a interpretação dessas imagens exigia o conhecimento de técnicas específicas.
Para a área urbana, além do refinamento das aplicações anteriores, tornaram-se eficientes os levantamentos relativos à diferenciação intra-urbana, com a discriminação de classes amplas de uso do solo urbano: grandes indústrias, shoppings centers, parques urbanos e vazios urbanos. Nas áreas residenciais, eram discriminadas áreas de diferentes densidades construtivas e de diferentes qualidades do ambiente construído, identificando-se as áreas mais carentes.
Foi o que fez, por exemplo, o município fluminense de Rio das Flores. No seu plano diretor — lei 098/2008, aprovada em agosto deste ano —, há um capítulo