Saúde
QUIMIOTERAPIA DA TUBERCULOSE*
Roberto Brólio **
RSPU-B/249 BRÓLIO, R. — Quimeoterapia da tuberculose. 71-85, 1975. Rev. Saúde públ., S. Paulo, 9:
RESUMO: Uma revisão dos conhecimentos atuais sobre o tratamento da tuberculose revela como evoluiram os conceitos básicos de associação medicamentosa, continuidade e tempo prolongado. Evidencia a tendência para a adoção de novos esquemas terapêuticos e as vantagens do tratamento intermitente, da redução do período de tempo e a nova conotação de conceitos, em que "continuidade" nem sempre significa "diariamente" mas "regularidade", quando os medicamentos são administrados com intervalos, na intermitência. São analisados os princípios básicos da quimioterapia, os medicamentos em uso, sua eficácia, toxicidade, doses e vias de administração. São revistos os critérios para a escolha do melhor esquema terapêutico, continuidade do tratamento e as principais causas de insucesso terapêutico. UNITERMOS: pêuticos. Tuberculose. Quimioterapia. Medicamentos. Esquemas tera-
1. I N T R O D U Ç Ã O
A quimioterapia da tuberculose tem revelado, nos diferentes países, que a cura da enfermidade é possível tanto na clínica como em programas de saúde pública. Quando bem conduzida, proporciona as seguintes vantagens: 1. 2. Promove a cura de praticamente 100% dos doentes tratados. Diminui o período de contagiosidade, pela rápida negativação do exame de escarro.
3. 4. 5. 6. 7. 8.
Evita a formação de crônicos. Impede o aparecimento de resistência bacteriana. Torna viável o tratamento ambulatorial. Diminui o tempo de hospitalização. Diminui a letalidade. Diminui a necessidade do repouso, possibilitando o retorno do paciente
* Aula ministrada na Disciplina de Tratamento das Doenças Infecciosas e Parasitárias, no Curso de Pós-Graduacão da Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP — Av. Dr. Arnaldo, 455 — São Paulo, SP — Brasil ** Da Disciplina de Tisiologia do