Saúde x Doença
O texto “Ser doente, ter uma doença”, trata da relação de poder entre médico/paciente. Essa relação, segundo o texto, se dá a partir da maneira com que cada um sofre a coerção existente nesse modo relacional, vez que esse ponto de vista pode ser influenciada pelo jeito com que cada um lida com essa interação. Há também, por ambas as partes, uma “decodificação de atitudes”, onde nenhuma parte dessa comunhão sai ilesa e/ou sem sofrer interferência, seja ela positiva ou negativa.
No decorrer do texto, o exercício de poder nas práticas de cuidados é notório e necessário e ao exemplificar essa hierarquização, é pontuado que o médico possui o saber suficiente, ou por assim dizer, necessário para curar um sofrimento e o paciente como aquele que depende do saber médico, ao receber os cuidados convenientes, se beneficiam. Em contrapartida, para se beneficiarem com esse conhecimento precedente daquele em que passou a confiar sua pessoa, o doente se oferece para ser lido, pois só assim poderá receber os favorecimentos.
Outro ponto relevante discutido no texto é a resistência do paciente a doença, já que, muitas vezes, este se mostra imprudente com o tratamento proposto, aos conselhos médicos e aos medicamentos prescritos. Dessa maneira, vê se que o médico tem de usar o seu lado mais humano, no caso, como foi dito no texto de toda a sua arte e além do saber biológico (anatomia, fisiologia, patologia e terapêutico), o médico deve utilizar também de seu poder, ou por assim dizer sua capacidade de convicção e persuasão.
Segundo o texto, o modo de disposição do paciente estará sujeito das atitudes tomadas pelo médico frente ao seu lamento, sendo essas atitudes tomadas por ele dependente das representações que faz para si mesmo do paciente, da doença e do seu próprio estatuto. O médico deve estar sempre atento as reações do