saúde e trabalho
Pra Que Somar se a Gente pode Dividir?
Abordagens Integradoras em Saúde, Trabalho e Ambiente
Rio de Janeiro
Março de 2000.
Ministério da Saúde
Fundação Oswaldo Cruz
Escola Nacional de Saúde Pública
Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana
Pra Que Somar se a Gente pode Dividir?
Abordagens Integradoras em Saúde, Trabalho e Ambiente
Glaucia Elaine Silva de Almeida
Dissertação apresentada com vistas à obtenção do título de Mestre em Saúde Pública, na área de concentração
Saúde, Trabalho e Ambiente, sob orientação do
Prof. Dr. Marcelo Firpo de Souza Porto
Rio de Janeiro
Março de 2000.
Este trabalho é de quem viveu sua gestação: dos entrevistados e dos que responderam ao roteiro, dos companheiros(as) de Mestrado, de Marcelo Firpo, de Ana Inês, de José e Eleci, de Rosângela e Ivael, de Sônia, de Rose, Adriana, Simone, Alexandre,
Cristiane, Zany, Ilma Doher e de quem foi singelo ao ponto de ser esquecido.
(Difícil é aceitar o que media: o esforço suado do dia-a-dia...)
ii
Se fazemos a nossa aposta em que o mundo humano é regido por leis idênticas àquelas que movem o universo físico, se acreditamos que a sociedade tem o estatuto de coisa, se aceitamos que o futuro não passa por dentro do que pensamos e do que dizemos, em resumo, se não arriscamos tudo na confiança de que a palavra tem um poder criador, resta-nos então uma única opção: o silêncio.
É muito revelador que Marx, para destruir os hegelianos de esquerda, que acreditavam que também as palavras entram na argamassa com que a sociedade é construída, o tivesse feito justamente com o auxílio de palavras: A ideologia alemã.
Se a crítica deixa as coisas como estão, por que fazer a crítica da crítica?
Se as palavras são vazias de poder, por que usar tantas palavras para discutir o poder?
Não, o fato é que todos aqueles que ainda têm a ousadia de falar e escrever, acreditam, ainda que de forma tênue, que o