saude no trabalho
Desde o despertar do século XX, a promoção da saúde é um conceito que vem sendo discutido incansavelmente, devido a sua importância para a viabilização da qualidade de vida. Em 1946, Henry Sigerist, suíço, médico-docente e amante da história da medicina, foi considerado iniciador da Medicina Social nos Estados Unidos, pois defendia que quando se oferecia boas condições de vida e de trabalho, educação, formas de lazer e repouso para os indivíduos, então estava sendo realizada promoção à saúde, em seu sentido amplo.
Entusiasmado e ansioso por modificações, aproveitava para exigir dos políticos uma postura de responsabilidade que assegurasse a qualidade de vida das pessoas, bem como enfatizava a importância da participação dos setores sindicais e empresariais, além de não dispensar a influência de médicos e educadores nas tomadas de decisão.
Sigerist conseguiu colher frutos em um curto prazo, pois em 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu artigo 25, que todo cidadão tem direito à saúde; também que todo indivíduo tem direito a uma qualidade de vida capaz de assegurar a sua saúde e o bem–estar de si mesmo e a sua família(7).
Posteriormente, em 1976, a partir do modelo da história natural das doenças, utilizou-se a expressão “promoção da saúde” para caracterizar um nível de atenção da medicina preventiva, cuja concepção baseava-se na prevenção da patologia e de sua evolução, porém o enfoque ainda era no indivíduo. Já durante a Segunda Revolução Epidemiológica, com a grande incidência de doenças crônicas, a promoção da saúde passou a ser associada a medidas preventivas sobre o ambiente físico e estilos de vida(8).
Em 1974, o relatório Lalonde (Canadá) valorizou e impulsionou o crescimento desse conceito, pois qualificou a promoção à saúde como uma forma de intervenção sobre os determinantes das patologias visando à melhoria das condições de vida e