Saúde mental
A educação do campo sempre foi pautada num modelo urbano, e os povos do campo nunca foram atendidos de acordo com sua realidade. Foi transferido para eles um modelo de ensino pronto, trabalhado a partir de um currículo essencialmente urbano.
Os povos do campo, dentro desse contexto, foram esquecidos aos olhos da sociedade, das classes dominantes e dos sistemas de ensino vigentes. Eles eram vistos como inferiores, atrasados e caiporas. Isso levou as migrações de jovens camponeses para as cidades.
Orgulho camponês Somente a partir do final da década de 1990 surgiram espaços públicos de debates acerca da educação do campo e da necessidade de politicas públicas que entendam realmente essa população. Isso tudo é fruto das inciativas governamentais impulsionadas pela sociedade civil organizada, como os movimentos sociais. Na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB9.390/1996, é reconhecida a diversidade do campo, bem como há orientações aos sistemas de ensino de como promover a oferta dessa educação, atendendo a sua realidade. Mesmo com esses avanços da legislação federal, a realidade das escolas rurais continua precária. Diante disso, a educação do campo ganhou força e vem sendo muito debatida atualmente entre órgãos públicos, movimentos sociais e educadores. A discussão foi levada para as escolas, pois é necessário que a educação valorize a cultura como um todo, para que o agricultor possa sentir orgulho de si e exercer sua profissão com dignidade.
Respeito à diversidade Uma das grandes conquistas para as populações do campo foi a instituição das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, através da Resolução CNE/CEB, de abril de 2002. Essas diretrizes são compostas de um conjunto de princípios e de procedimentos que visam a adequar o projeto institucional das escolas do campo às Diretrizes Curriculares Nacionais para todas as esferas e modalidades de ensino. De acordo com