saúde mental no Brasil
Saúde mental: um problema para a saúde coletiva?
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que os transtornos mentais de cerca de 450 milhões de pessoas ainda estão longe de receberem a mesma relevância dada a saúde física , sobretudo nos países em desenvolvimento. Estima-se que o transtorno mentais e de comportamento respondam por 12% da carga mundial de doenças , enquanto as verbas orçamentárias para a saúde mental na maioria dos países representam menos de 1% dos seus gastos totais em saúde ; alem do que, 40% dos países carecem de políticas de saúde mental e mais de 30% sequer possuem programas nessa área. Ainda, os custos diretos.
No Brasil- com gastos de 2,4% do orçamento do SUS em saúde mental e prevalência de 3% de transtornos mentais severos e persistentes e 6% de dependentes químicos – tem havido sensível inversão do financiamento nos últimos anos, privilegiando-se os equipamentos substitutivos em detrimento dos hospitais psiquiátricos, como ilustra o fato de que em 1997 a rede composta por 176 Centros de Atendimentos Psicossocial, (CAPS) recebia 6% dos recursos destinados pelo SUS a saúde metal, enquanto a rede hospitalar, com 71 mil leitos recebia os outros 94%.
Podemos apontar a aprovação da lei n.10.216 da reforma psiquiátrica, a publicação da Portaria n. 336/02 e da Portaria n.189/02 – que atualizavam a portaria n. 224/92 e incorporam os avanços ocorridos na condução dos equipamentos substitutivos – a realização da 3 Conferencia Nacional de Saúde Mental, que entre outras coisas, consolidou o novo modelo assistencial do CAPS e, finalmente, a experiência acumulada no mais de dez anos de existência desses serviços como fatores decisivos na historia recente para um substancial incremento dos CAPS no Brasil.
Algumas observações preliminares permitem-nos supor que certas criticas permitem-nos supor que certas criticas aos CAPS, produzidas no seio da Reforma Psiquiátrica, se não guarnecidas de um corpo de categorias para o seu