O mito da caverna
As pessoas nascem, crescem e passam a reproduzir modelos que lhe são transmitidos por meio da cultura, da música, da moda e da educação sem questionar/indagar sobre aquela imposição, ou seja, as pessoas são influenciadas tanto no plano nacional como internacionalmente.
As “verdades” são simplesmente “postas” e “rotuladas” como sendo algo único, acabado e inquestionável sendo que, esta constatação não é uma consequência, apenas, da atual pós- modernidade.
Platão, em seu livro “A República” (1999, p. 225) já levantava esta ideia trabalhando o estado da natureza humana relativamente à instrução e à ignorância. De acordo com esta alegoria algumas pessoas nasceriam e viveriam, com as pernas e pescoços acorrentados, dentro de uma caverna subterrânea de costas para a entrada, de modo que não conseguiriam se mexer e nem enxergar senão o que seria projetado à sua frente, pois as correntes os impediriam de voltar à cabeça para a entrada da caverna.
Dentro desta situação, as pessoas enxergariam, apenas, as sombras projetadas à sua frente por um foco de luz - vindo de uma fogueira acesa ao lado de fora da caverna - que conseguira adentrar este ambiente.
Platão (1999, p. 225) afirma que estas sombras seriam de outras pessoas, objetos e animais que viviam fora da caverna e eram projetadas para dentro deste “mundo” e, vistas a vida inteira – pelas pessoas que lá habitavam – como formas verdadeiras e não sombras, uma vez que era a única realidade que conheciam. Assim, estas sombras passam a ser confundidas com a própria realidade e com a verdade, ou seja, passa-se a confundir o ser com o não ser.
Dessa maneira, as pessoas enxergavam uma realidade distorcida, uma vez que aquilo que era visto dentro da caverna era apenas um reflexo, uma projeção do mundo real que acontecia ao lado de fora e, que era