Saúde Mental RS e Brasil

Saúde Mental no RS e no Brasil

Linha histórica

Saúde Mental
Em 1509, poetas escreviam sobre a loucura, engrandecendo os que a possuíam e os sintomas da mesma, entre eles, o impulso dos desejos sempre atendidos, o viver sem regras, o pensar de forma própria e não socialmente instituída. Creio que a visão poética da loucura, não vislumbre o sofrimento que esta também causa no doente mental, e apenas focalize em uma das questões histórica e socialmente polêmicas, pertinentes a época em que pensadores ousavam expor opiniões que iam de contramão ao que era propagado pela sociedade regida por forte poder religioso. Durante tal época, viam no louco, um personagem que representava a revolta ao conceito de moralidade que regia a sociedade atual.
Na Idade Média, era comum às famílias que possuíam posses, manterem os familiares com doença mental em casa, isolados do restante da sociedade, tal ficava sob cuidados de um serviçal especializado. Na história existiram personagens da realeza que viviam sob esses cuidados, tornando-se motivo de curiosidade da plebe em decorrência das aparições públicas polêmicas que faziam eventualmente. Os loucos menos abastados, viviam como queriam, vagando solitários e dependendo da caridade alheia. Não existiam instituições formais para cuidar da saúde mental, e a doença mental em si, era algo pouco conhecido e do qual não se sabia quais providencias deveriam ser tomadas, então, isolava e escondia essas pessoas, que apresentavam comportamentos inapropriados.
Na América Colonial, havia incentivo financeiro do governo municipal para que os loucos fossem recebidos em fazendas onde pudessem auxiliar no trabalho braçal. Ao meu entender, esta foi uma estratégia de encaminhar e encontrar uma utilidade para o doente mental, sem que esse transitasse sem sentido pelas cidades e consequentemente expusesse os sintomas da sua condição psíquica. O sujeito era visto pelas suas realizações concretas, a psique humana e o quanto saudável se