Saussure
Segundo Alonso, “os ‘significantes’ não transmitem ‘conceitos’, e sim delicados complexos funcionais (...) ‘Significado’ é uma carga complexa (...) e dentro dele se podem distinguir uma série de ‘significados parciais.’” Isso implica que não se pode resumir o poder da palavra a apenas um único significante com um único significado. Em resumo, compreende-se que de acordo com Alonso podemos entender o Signo (Palavra) como uma possível variação de significantes + uma possível variação de significados.
Por exemplo, se ouvirmos alguém dizer “José é um anjinho!”, não ouvimos apenas o conjunto de sons entre as letras e sílabas das palavras, mas sim uma carga de emoção e sentimento que talvez expresse ênfase na característica de José, no quanto ele é “angelical” e cheio de “doçura” ou “ternura”. A fala pode ser pausada por separação silábica e isso expressa uma ênfase, influencia na carga do sentido do que é dito. Se há voz aguda, média ou grave, tudo isso influencia na carga de emoção e sentido que o signo ou oração inteira pode passar. Segundo Alonso, “todos esses elementos são significantes, alteram a estrita expressão conceitual, procedem de obscuros impulsos no falante (...) e esses impulsos são imediatamente captados pelo ouvinte.” “José é um anjo!” passa de um sentido normal para um sentido cheio de