Saúde: A presente resenha promoverá uma breve discussão, do ponto de vista das ciências humanas, sobre a concepção atual do que se entende por promoção de saúde e suas implicações no sujeito da contemporaneidade. De acordo com o paradigma biopsicossocial, o conceito de saúde não mais se reduz a ausência de doenças, mas sim, na perspectiva contemporânea, está relacionado ao “mais completo bem estar bio – psico – social”. Os defensores deste novo paradigma aludem que o novo conceito de saúde promove práticas e relações que superam o modelo biologicista cartesiano que reduzia o “males” do sujeito na matriz do corpo. Ultrapassado o modelo biologicista, a saúde não mais pertence exclusivamente ao predomínio do saber da medicina, mas, nesta nova concepção, novas especialidades e categorias profissionais passam a integrar as equipes de saúde para ampliar e redefinir as práticas e a elaborar novas estratégias e técnicas para atuação intersetorial sobre os determinantes sociais e políticos de saúde. Dentro desta perspectiva o novo modelo passa a oferecer novas possibilidades na relação do sujeito com o compromisso de tentar garantir sua saúde. As equipes profissionais cada vez mais ampliadas, “inovam” métodos e técnicas para auxiliar de forma preventiva uma promessa que vende uma concepção de um status saudável obrigatório. Sendo assim, o sujeito passa a ser regulado e identificado a partir de um saber científico legitimador que passa a normatizar a vida. As práticas de promoção de saúde são práticas de controle sobre a vida. O sujeito contemporâneo está subordinado a um imperativo regulador de saúde. Normatizam-se as condutas adequadas, referentes a alimentos, vestuários, habitações, educação física e moral, enfim, a existência passa a ser regulada pela ótica de saúde. E esta perspectiva que se assume como atual, na qual um saber assume um controle sobre a vida, vai ser identificada nos estudos de Foucault, ainda no final do Séc XVIII, com o