saude

1. Introdução: A Crise da Saúde Pública

Nos anos recentes - um sentimento de que os problemas de saúde estão se acumulando e os modelos assistenciais não conseguem mais responder às necessidades da sociedade.

Junto com o desemprego e a violência, a questão da saúde - preocupações prioritárias.

Os meios de comunicação expõem os serviços - enfatizando os dramas individuais e colocando em questão sua função social.

generaliza-se a impressão de que uma crise profunda - disseminação de um sentimento crescente de mal estar

Este sentimento de crise parece particularmente paradoxal quando se considera, resultando no aumento progressivo da duração média da vida,

Registramos o potencial de desenvolvimento científico e tecnológico das práticas de atenção à saúde.

Apesar destes avanços sociais, tecnológicos e científicos, a constatação de que a crise da saúde é concreta se impõe.

Em relação à natureza das crises - identificamos aquelas que decorrem do esgotamento da sua dinâmica, e resultam em desordem

Quanto às suas dimensões, ou modos de expressão, podemos destacar, além da financeira, a redução da resolutividade das práticas.

Isto nos remete às expectativas das pessoas em relação à saúde, e à questão ética do valor da vida, da dissociação entre o discurso dominante e a experiência cotidiana.

Um componente também marcante é a descrença na efetividade da atenção médica.

A medicalização de diferentes problemas sociais - certamente contribuiu para este ceticismo.

Os sistemas de saúde priorizou a extensão de cobertura e a universalização, sem assegurar igualmente resolutividade ou ao menos satisfação com o atendimento recebido.

Quanto à dimensão ética, as condições em que vivem grande parte das pessoas não são compatíveis com a idéia de que a vida humana seja um valor absoluto.

2. Complexidade e Processos Saúde Doença

Reconhecemos a questão dos processos saúde-doença como expressão de crises no movimento indissociável de reprodução e desgaste de