MURAD AM, PAPA AM. Tratamento Adjuvante do Câncer de Cólon Estádio II, Prática Hospitalar, Belo Horizonte-MG. Ano X, Nº 56, Mar-Abr/2008. * Permanece ainda por ser indefinido o papel da quimioterapia adjuvante para os pacientes com tumores estádio II. Cerca de 75% a 78% destes pacientes permanecem livres de doença após cinco anos de tratamento cirúrgico, independentemente do emprego da quimioterapia adjuvante. * O estádio IIB têm uma sobrevida em cinco anos menor (72,2%) do que aqueles com estádio IIIA (83,4%), apesar de estes pacientes apresentarem linfonodos comprometidos, o que sugere que lesões T4 possam ter um prognóstico pior que tumores T3 com comprometimento linfonodal. * Em 2004, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) fez uma análise mais rigorosa para definir suas orientações de tratamento.(38) Um subconjunto de 12 estudos dos originais 37 estudos do grupo de Ontário foi utilizado para se comparar cirurgia isolada e cirurgia seguida de quimioterapia baseada em 5-FU. conseguinte, a ASCO também não recomendou o uso rotineiro de quimioterapia a portadores de câncer de cólon estádio II. * Nos últimos dez anos, a terapia adjuvante tem evoluído, com a incorporação de novas drogas, como a oxaliplatina. O irinotecano também foi investigado. No entanto, três estudos adjuvantes recentes não apoiaram a integração do irinotecano como um tratamento adjuvante. Já a incorporação da oxaliplatina como parte do tratamento adjuvante padrão foi baseada em dois estudos prospectivos concluídos recentemente, os quais também não esclareceram o benefício do tratamento dos pacientes em estádio II. * As atuais recomendações do National Comprehensive Cancer Network (NCCN) sobre o uso de quimioterapia em pacientes com estádio II recaem naqueles classificados como IIB e os classificados como de alto risco de recaída.
JUSTIFICATIVA: O artigo questiona a quimioterapia em pacientes com estadiamento IIB (TNM) no câncer de cólon.
Autor: Aline Silva Gomes