saude
RBTI
2007:19:1:85-89
Entrevista Familiar e Consentimento*
Family Approach and Consent for Organ Donation
Tatiana H. Rech1, Édison Moraes Rodrigues Filho2
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Desde que o transplante de órgãos firmou-se como o tratamento de escolha para muitas doenças em estágio final, a escassez de órgãos vem se tornando um problema progressivamente maior, à medida que pacientes acumulam-se nas listas de espera. O objetivo deste estudo foi revisar questões relativas à melhor prática de abordagem da família do doador e como esses e outros aspectos referentes ao processo de doação podem interferir nas taxas de consentimento
CONTEÚDO: A despeito do crescente aumento de doadores vivos, o doador cadavérico com morte encefálica continua sendo a principal fonte de órgãos para transplante e a única fonte significativa de órgãos extra-renais. Alguns fatores têm sido identificados como empecilhos no processo de doação, dos quais os maiores são a não-identificação do paciente em morte encefálica, o manuseio inadequado do doador e a recusa da família em doar os órgãos. Aumentar as taxas de consentimento para doação parece ser, no momento, o melhor instrumento para diminuir
1. Médica Rotineira da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Dom
Vicente Scherer - Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre,
RS, Brasil. Mestre em Medicina Ciências Médicas pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
2. Chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Dom Vicente
Scherer - Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, RS, Brasil. Mestre em Diagnóstico Genético e Molecular pela Universidade
Luterana do Brasil.
*Recebido da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Dom Vicente
Scherer, Porto Alegre, RS
Apresentado em 29 de janeiro de 2007
Aceito para publicação em 26 de fevereiro de 2007
Endereço para correspondência:
Dra. Tatiana H. Rech
Rua General Couto de Magalhães, 1876/401
90540-130, Porto Alegre, RS