saude publica no primeiro reinado

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Apesar dessas novidades, a assistência à saúde dispensada aos que viviam por aqui – índios, escravos, portugueses – era baseada nas ações feitas pelos pajés, de um modo semelhante ao realizado pelos indígenas desde antes da chegada dos portugueses, e na assistência dispensada pelos boticários – atuais farmacêuticos – que viajavam por toda parte examinando os doentes e até mesmo receitando poções, remédios e fórmulas curativas.

Esse predomínio dos pajés e boticários devia-se ao fato de que nessa época, como atesta Salles (1971), os médicos eram praticamente inexistentes, sendo que esta situação foi amenizada apenas a partir do ano de 1808, ano em que a Corte Portuguesa chega ao Brasil e, para oferecer serviços médicos aos nobres, são cridas as duas primeiras escolas de medicina do Brasil: o Colégio Médico-Cirúrgico em Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro.

Em 1822, o imperador D. Pedro I declara a independência do Brasil e inaugura o Período Imperial no país, o qual se estende até o ano de 1889 com a Proclamação da República.

Como se pode notar, neste período histórico pouco foi feito para melhorar ou mesmo estruturar a saúde, que ficou reduzida apenas a ações que buscaram garantir condições mínimas de higiene para a cidade do Rio de Janeiro – capital do Império – em decorrência das péssimas condições de vida e de salubridade que facilitavam a disseminação de diversas doenças.

É importante considerar também que essas medidas sanitárias tomadas durante o período imperial não tinham como preocupação a melhoria do nível de saúde da população em geral, mas sim proteger os nobres portugueses de doenças, bem como evitar perdas financeiras que pudessem ocorrer devido ao excesso de doenças

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