Saude Mental
O doente mental nos séculos passados foi chamado de “louco”, o conceito de loucura vêm ao longo do tempo se modificando e já foi atribuída a entidades sobrenaturais, os loucos já foram considerados detentores de poderes divinos, demônios e naquela época o tratamento tinha o objetivo de controlar, apaziguar ou expulsar as forças demoníacas do corpo do doente.
Os manicômios (onde há uma relação de pensamento aproximada entre os médicos alienistas, Pinel e Simão Bacamarte-Casa Verde) configuraram-se, ao longo da história da psiquiatria, como “residências coagidas”, construídas a partir de um projeto total e controlado, onde a possibilidade dos indivíduos habitarem esse espaço sofreu diferentes medidas de aprisionamento. Utilizando-se de um discurso que se ansiava científico, a medicina organizou, valendo-se de seu modelo de “isolar para conhecer e tratar”, espaços de exclusão que se mostraram, de meados do século XX para cá, ineficazes como meio de tratamento e desumanos.
Durante a República, tal relação com a loucura assumiu novas dimensões, o louco passou a ser caracterizado como perigoso e ameaçador. Entre os fatores que proporcionaram esta mudança, destaca-se a influência exercida pelo discurso alienista no Brasil republicano, que transformou a loucura em doença mental, e ainda, tomou a loucura, comumente associada ao delírio, como uma das formas de alienação mental.
Ambos, Pinel e Bacamarte, postularam que na loucura a razão havia perdido seu rumo, e que a melhor forma para trazer a razão de volta ao seu rumo, seria propiciar uma orientação (médica) ao “louco”. Pouco tempo depois, associava-se a loucura (desvios doentios) eram