Saponificação
Os liquens são associações simbióticas entre algas e fungos que resultam em um talo (AHMADJIAN, 1993). Dessas associações pode-se observar grupos extremamente diversos, com estruturas morfológicas e anatômicas das mais simples a complexas, separados em formas ou tipos, dos quais os principais são os crostosos, esqueamulosos, foliáceos, filamentosos e fruticosos, dos quais aproximadamente 75% dos liquens encontrados são de talos crostosos, sendo estes os mais encontrados (NASH, 1996; MARCELLI, 2006; apud KÄFFER et al, 2010). Segundo MARCELLI (1992) os liquens se distribuem amplamente pelos ambientes terrestres e preferem ambientes pouco ou não degradados, substratos específicos e estáveis, têm crescimento lento e suas comunidades podem levar décadas para se estabelecerem em um substrato novo.
A diversidade de liquens pode ser afetada pelas características de seus forófitos (MARCELLI. 1987; KÄFFER, 2005), pelas relações hídricas, pH e disposição de nutrientes e por condições ambientais microclimáticas como umidade do ar, luminosidade e temperatura – fatores importantes para a colonização e desenvolvimento destes organismos (TOPHAM, 1977, BRODO, 1973). Dentre todos os fatores limítrofes que influenciam o desenvolvimento dos liquens podemos apontar como de grande importância a estrutura do substrato e as características físicas ambientais, pois são os fatores que mais afetam a distribuição dos liquens nos troncos, além das características físico-químicas da casca das árvores como, textura, dureza e retenção de água, pH, macro e micro nutrientes (MARCELLI 1987, 1992; MARTINS, 2006).
Pela sensibilidade ao ambiente, os liquens são considerados bioindicadores de qualidade ambiental e têm sido usados para avaliar diferentes tipos de alterações ambientais na atmosfera em diferentes hábitats, incluindo a poluição, alterações climáticas, desmatamento e fogo (MISTRY, 2005). Nylander, no final do século XIX, em seu estudo sobre liquens de Paris, constatou que