Santo agostinho - cidade de deus e dos homens
Cidade é a reunião dos homens em comunhão de coração. As pessoas se unem em função do amor proveniente dos corações humanos. Santo Agostinho identifica dois amores, sendo um deles gerador da Cidade dos Homens e o segundo genitor da Cidade dos Anjos.
Os homens só vislumbram a terra e o amor próprio. O amor de si e o desprezo a Deus criaram a Cidade dos Homens, contaminada pelo pecado original. Como sintoma, se afasta diariamente dos ensinamentos sagrados. Essa ordem é caracterizada por reunir insuficientes conhecimentos acerca das leis eternas. Reuni os pecados capitais, os vícios, o caos em uma só concentração. Entretanto, encontra-se sempre em busca a paz social.
O pecado original que une os seres humanos é justamente esse excessivo amor próprio. Reunidos na culpa, eles tentam encontrar uma redenção em Deus. Os costumes são o fruto dos amores. Tal amor, quais costumes. O amor de si rege a cidade do mundo: o amor de si deturpado, o amor de si fazendo a si seu fim, sua lei, sua razão de ser, é a negação de Deus.
A fruição do presente é uma característica da Cidade dos Homens. Esse excessivo amor próprio, a ponto de se esquecer de Deus, é maior causa para o afastamento futuro, cada vez mais progressivo, da vida eterna.
Santo Agostinho afirma que o coração tem a função de purificar a carne. Ele também diz, entretanto, que uma vez que o coração esteja manchado pela corrupção humana, a carne, que deveria ser salva, não tardará a ser manchada também.
Os vícios e as desordens prevalecem sobre a razão e a ordem. Na clara existência da oposição entre o celeste e o terreno, observa-se o caráter transitório da vida humana até a morte. O destino dos residentes da Cidade dos Homens deveria ser, através do cultivo à alma, chegar à Cidade de Deus. A Cidade dos Homens surge