Santa aliança
A Santa Aliança foi uma tentativa da Rússia, Prússia e Áustria, as 3 (três) potências vencedoras da Guerra contra Napoleão Bonaparte, de garantir a realização prática das medidas que foram aprovadas pelo Congresso de Viena, bem como impedir o avanço nas áreas sob sua influência das idéias liberais e constitucionalistas, que se fortaleceram com a Revolução Francesa e que haviam desestabilizado toda a Europa. O bloco militar, que durou até as revoluções européia de 1848, combateu revoltas liberais e interferiu na política colonial dos países ibéricos, já que era a favor da recolonização.
Esta aliança foi proclamada no Congresso de Viena (reunido entre 1814 e 1815) como a união dos 3 (três) ramos da família cristã européia: ortodoxos russos, os protestantes prussianos e os católicos austríacos. Surgiu por inspiração do Czar da Rússia Alexandre I, que propôs aos outros príncipes cristãos reunidos em Viena governarem seus países de acordo com os "preceitos da Justiça, Caridade Cristã e Paz" e a formação de um bloco de potências, cujas relações seriam reguladas pelas "elevadas verdades presentes na doutrina de Nosso Salvador". O czar teria sofrido influência da Baronesa de Krüdener e de Nicolas Bergasse (antigo constituinte francês). Bourquin observa, entretanto, que a influência da senhora de Krüdener teria sido pequena e que na realidade a Santa Aliança teria nascido do misticismo de Alexandre. Toda via, com a interferência do chanceler austríaco Metternich, a Santa Aliança foi apenas um instrumento da restauração monarquia.
Estabelecida entre os soberanos europeus que pretendiam propagar os princípios da Fé cristã e, no fundo, manter o absolutismo como filosofia do Estado e sistema político dominante na Europa, a Santa Aliança foi firmada a partir dum tratado definido pelo czar russo, sendo posteriormente assinado em 26 de Setembro de 1815, em Paris, por Francisco I, imperador da Áustria, Frederico Guilherme III, rei da Prússia, e o próprio Alexandre