Saneamento Básico
Segundos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 4,8 milhões de crianças de até 14 anos estão seriamente expostas a riscos de doenças, pois residem em domicílios sem estrutura de saneamento básico ou em condições inapropriadas, este dado faz parte da amostra de indicadores sociais.
O IBGE levou em conta residências nas quais não havia, em 2011, simultaneamente, abastecimento de água por meio de rede geral, esgotamento sanitário de rede geral ou fossa séptica ligada à rede coletora, e o lixo não era coletado direta ou indiretamente.
A região nordeste foi o destaque negativo por parte da pesquisa, aonde 17,2% das crianças se encontravam vulneráveis a risco de doenças. Já a região Sudeste por sua vez, aparece com 3,7%. A proporção a nível nacional é de 10,7% da população nessa faixa etária, isto é, 4,8 milhões de pessoas (FIG.1).
Figura 1 - PERCENTUAL DE CRIANÇAS (0 A 14 ANOS) VIVENDO EM DOMICÍLIOS SEM SANEAMENTO BÁSICO De acordo com dados da pesquisa, 21,9 milhões de crianças (48,5%) moravam em domicílios nos quais pelo menos um serviço (água, esgoto ou lixo) não era adequado, com ampla vantagem para a ausência de esgotamento sanitário (46,2%). A região Nordeste apresentou a maior taxa 67%.
Em comparação com a pesquisa realizada pelo IBGE no ano de 2001 houve um crescimento de 8%(FIG.2). No ano de 2011, 69,4% dos domicílios urbanos brasileiros declararam ter acesso simultâneo aos serviços de saneamento.
Figura 2 - PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS COM SERVIÇO DE SANEAMENTO, SEGUNDO AS REGIÕES Apesar da taxa de internações por doenças relacionadas à má qualidade do saneamento básico, como diarreias, dengue e leptospirose, esteja diminuindo no país,esta taxa ainda é elevada, com grande reflexo nos estados das regiões Norte e Nordeste. Conforme constatação do Atlas do Saneamento 2011, em 1993, o país registrava 733 internações desse tipo por grupo de 100 mil habitantes. Em 2008, a relação caiu