Saneamento básico, o filme.
De maneira muito autentica e perspicaz, Jorge Furtado no filme “Saneamento Básico, o filme”, faz uma metalinguagem a respeito da sétima arte, por meio de uma comédia que relata um problema social que aflige inúmeras comunidades em todos os cantos do nosso país. A obra é maravilhosa e me despertou para algo que até então não havia pensado, a possibilidade de utilizar a filmagem como forma de desenvolver atividades socioeducativas, seja para sua execução definitiva, como no caso do referido filme ou como meio de divulgar e despertar a população para determinado aspecto a ser desenvolvido. Quanto à elaboração de um vídeo para divulgar, imagino que desperte o interesse da comunidade, colocando-os como sujeitos da própria revolução da sociedade ou que a execução da filmagem é uma maneira de debater e movimentar o publico alvo da ação socioeducativa sem que necessariamente isso fique explícito. Dentro de uma escola, por exemplo, falar sobre as drogas e suas consequências, pode ser algo que, se não vivenciado, fique apenas na teoria, não sendo internalizado pelos alunos. Acredito que surtirá um efeito muito maior se os colocarmos para sentir na pele o que passa um usuário, seus pais e sua família, fazendo-os perceber que, ao contrario do que diz o personagem de Tonico Pereira, isso não é só um filme, isso é a realidade. Há ainda outro aspecto interessante a respeito da película, a possibilidade que temos de ao assisti-los com os educandos, discutir como o governo trata as nossas deficiências, o que é priorizado, qual o destino das verbas recebidas pela prefeitura, despertando assim o senso crítico. Com tantas possibilidades de intervenção, concluo que a elaboração de um filme ou de uma peça de teatro, é uma medida proativa e bastante inteligente para transformar a sociedade ao passo que, assim como no referido filme, promove as potencialidades do grupo com o qual iremos