Saneamento Basico
Ao longo de mais de 90 anos, Corinthians e Palmeiras criaram uma história rica o suficiente para fazer com que qualquer disputa ganhe cara de momento decisivo. Quando os dois se encontram, a ocasião imediatamente se torna propícia para fazer qualquer crise ser esquecida, ou qualquer bom momento ser completamente ignorado.
Se a conjuntura já ajuda, então, o dérbi paulista para a cidade de São Paulo, como deve acontecer neste domingo, no Pacaembu, quando os corintianos estréiam técnico novo, Tite, para tentar reverter uma série de sete jogos sem vitória, que os tirou da liderança do Brasileirão. Já os palmeirenses, ao contrário, não perdem há um mês e aos poucos veem o treinador e ídolo Luiz Felipe Scolari acertar a equipe. Às vésperas de mais um encontro, o FIFA.com conta um pouco da história do clássico mais tradicional de São Paulo.
Como tudo começou
Mal sabia a equipe inglesa do Corinthian Football Club o pedaço de história que estava escrevendo por vias indiretas quando veio a uma excursão no Brasil em 1910. Depois de vencer um amistoso diante do clube que, ironia do destino, se chamava Associação Athlética das Palmeiras (e que, no entanto, não tem nenhuma relação com o atual Palmeiras), o time inglês – apelidado de “os corinthians” – ganhou um grupo de fãs em São Paulo. Cinco desses fãs eram operários do bairro do Bom Retiro que, no dia 1º de setembro, fundaram um xará brasileiro do clube bretão: o Sport Club corinthians Paulista.
Em 1914, quando um grupo de representantes da imensa colônia italiana de São Paulo fundava o Palestra Itália – que durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, alteraria seu nome para Sociedade Esportiva Palmeiras -, os corintianos comemoravam seu primeiro título paulista. E, pouco depois da segunda taça do corinthians, conquistada em 1916, as duas equipes se enfrentaram pela primeira vez. Era 6 de maio de 1917, e o então campeão, invicto havia 25 jogos, recebeu um considerável cartão de apresentação