Sandel 1 Fichamento
Parte da população economicamente ativa que restou intacta, aparentemente sem levar em conta o caos instaurado e tampouco a legalidade, decide aproveitar o estado de calamidade e tirar vantagem de uma outra lei: a Lei da oferta e procura.
Conceitos definidos e consagrados, voltam a ser discutidos como para encontrar uma justificativa para a continuidade da exploração do momento oportuno (Alguns classificam como extorsão). O Estado, por sua vez, no papel de tutor da paz social, e na pessoa do seu procurador geral, Sr. Crist (nome sugestivo), resolve se posicionar contra a cobrança abusiva para bens e serviços quando em estado de calamidade e reacende o debate sobre, qual é de fato, o papel do Estado: Garantir a Liberdade X Manter o Bem Estar.
Era preciso, realmente, que o Estado intervisse. O povo estava dividido em um quadro quase dantesco, como que em uma luta de classes voraz, até com sentimentos de rancor entre os que sofrem com a tragédia e os que tiram proveito dela para se enriquecerem às custas destes últimos. É o homem lobo do próprio homem como observou Hobbes?
A questão da justiça passa a ser discutida em torno de 3 ideias: AUMENTAR O BEM ESTAR, RESPEITAR A LIBERDADE, PROMOVER A VIRTUDE. Cada ideia aponta para uma forma diferente de pensar a Justiça:
Os partidários do mercado sem restrição acreditam que a prosperidade econômica traz a sensação do BEM ESTAR e que a LIBERDADE de impor o valor às mercadoriass e serviços deve ser respeitada, mas não levam em consideração o sofrimento e a dor de quem foi afetado pela catástrofe.
Os ditos promotores da virtude argumentam que a ganância é um defeito moral, um modo mau de ser, que torna as pessoas indiferentes quando