salicilato de metila
1 – Introdução
A fitoterapia, apesar de agregar contingente apreciável de trabalhos realizados e publicados, ainda constitui um vasto campo para pesquisa. O interesse pela fitomedicina vem crescendo, devido à busca de novas alternativas terapêuticas para o tratamento de diversas doenças cujos cuidados baseiam-se no uso de medicamentos que apresentam uma série de efeitos colaterais e muitas vezes aliviam parcialmente os sintomas sem tratar a doença (CALIXTO, 2005; LAPA, 2006). Assim, o potencial natural encontrado nos países latino-americanos, principalmente no Brasil, aliado à diversidade de compostos bioativos encontrados, especialmente nas plantas superiores, têm atraído a atenção da comunidade científica e das indústrias farmacêuticas que apostam na produção de fitoterápicos como uma indústria lucrativa, uma vez que a utilização de plantas medicinais atinge um público cada vez maior (CALIXTO, 2005). No entanto, o aumento do emprego dos produtos naturais traz consigo o uso indiscriminado de plantas sem conhecimento fitoquímico, farmacológico e toxicológico, fato preocupante e que chama a atenção dos pesquisadores, já que está acontecendo com a maioria das espécies vegetais consumidas pela população, em todo país (LAPA, 2006).
Entre as várias espécies utilizadas pela população estão as plantas do gênero
Polygala que são amplamente distribuídas no litoral brasileiro, sendo encontradas principalmente em zonas costeiras de solos arenosos, da Bahia ao Rio Grande do Sul.
Inúmeros representantes do gênero Polygala contêm altas concentrações de salicilato de metila, que confere odor característico em suas raízes. Nos estados acima da Bahia, são conhecidas popularmente pelo nome de erva-iodex e é utilizada, na forma de aplicações locais, em entorces, machucados ou artropatias crônicas (LORENZI; MATOS, 2002).
Espécies
vegetais
do
gênero
Polygala
(Polygalaceae)
são
utilizadas
tradicionalmente em muitas regiões do mundo.