Saidas milagrosas para a crise: solucao?

“Saídas milagrosas para a crise: solução ou ilusão?” Estudar, entrar numa faculdade, conseguir um emprego, casar, ter filhos. Para todas estas etapas, comuns na vida de um indivíduo, é necessário um planejamento de tempo e gastos. Mas muitas vezes os planos não saem como o esperado e imprevistos estão sujeitos a ocorrer; os problemas também parecem ser insolucionáveis, levando muitos ao desespero em busca de alternativas. Incapazes de pagar a prestação do carro, pagar uma boa escola para os filhos e melhorar o estilo de vida, certas pessoas acabam entrando em crise consigo mesmas. A auto­estima desaparece, perspectivas para o futuro já não existem mais. Nestas horas, os livros de autoajuda tornam­se fonte de alívio e forma de apoio para muitas delas, atraídas por promessas como as
“soluções para todos os seus problemas em vinte passos”.
Apesar dos livros de autoajuda servirem ao propósito de ajudar o leitor, seu objetivo principal é o lucro que gerado pela venda. A demanda por este tipo de publicação já é conhecida pelas editoras e autores; para torná­la mais acessível ao público em geral, os preços são reduzidos e o acesso (em livrarias, bibliotecas, acervo online) é facilitado. Como o psicanalista Luiz Alberto Py disse, “A psicanálise é cara.
Comprar um livro de autoajuda é mais barato e pode funcionar”.
Além disso, os assuntos cobertos por tais livros também correspondem à demanda do público; os autores não começam a escrever um livro sem saber se existe a possibilidade de que seja comprado. Como resultado, todos os livros que atualmente encontram­se expostos nas livrarias na seção de autoajuda parecem indicar soluções para a grande maioria da população, afinal, passar por dificuldades financeiras,

profissionais ou afetivas é algo comum na vida de todos, independente da idade ou classe social. A facilidade de acesso e a promoção de “saídas milagrosas” incentivam a compra destes livros, e a propagação da ideia de que é preciso