Safari Da Estrategia
Vista-se a preceito e acompanhe-nos num arriscado safári. Aventure-se nesta selva da gestão estratégica e conheça de perto as 10 espécies mais influentes
Por Henry Mintzberg, Bruce Ahlstrand e Joseph Lampel
Finalmente decidiu fazer o tão desejado safári, onde pretende conseguir ver todo o tipo de animais ferozes, mas aquele que mais anseia admirar de perto é o elefante. Este é constituído por um corpo, pernas, tromba e dentes. Apesar de ele ser muito mais do que a soma das partes, é essencial que as observe muito bem, para compreender o todo. Agora, imagine que este elefante representa uma estratégia e todas as suas componentes. Ainda acha que vai conseguir ver este animal em pleno? Pois é, como em muitos outros safáris, não podemos cumprir tudo o que prometemos no folheto promocional e, infelizmente, o elefante vai estar apenas na sua mente e depende da forma como você o imagina.
Contudo, são muitos os animais ferozes por que vai passar; afinal, não veio a este safári para ver uma única espécie. Eles são as metáforas das 10 escolas de pensamento estratégico que explicam, cada uma à sua maneira, o processo de concepção da estratégia. Começará então por ver uma aranha (escola de concepção), a figura solitária que tece tão cuidadosamente uma teia que é suficientemente forte para marcar as suas vantagens competitivas na selva. Bem perto está um esquilo (escola de planejamento), sempre em ação, a procurar e a organizar os alimentos que vai armazenar para os meses que se seguem. O búfalo (escola de posicionamento) continua sentado cautelosamente, numa posição cuidadosamente selecionada. Quem é que o poderá incomodar? O lobo (escola empreendedora) pensa que o consegue. Por que é que há de competir com os leões por causa das gazelas se pode ficar com o búfalo todo para ele? Será que é arriscado? O mocho (escola cognitiva), que tem sempre que dar uma opinião, acha que sim. Mas, com tanta análise, será que consegue fazer tudo bem? Provavelmente,