Sabinada
Ao longo da primeira metade do século XIX, a província da Bahia foi assolada por agitações provocadas por diversos setores sociais. Entre elas, a Sabinada, originada em 1837 na cidade de Salvador e que representou um movimento separatista precedido por largas agitações políticas.
O movimento tomou toda a Capital, com o apoio de parte das tropas governamentais, mas não conseguiu o apoio do interior, devido à resistência das forças legalistas locais e terminou no ano seguinte.
Participaram da revolta inúmeros setores da sociedade, principalmente a classe média - jornalistas, comerciantes e professores - unidos em torno de um ideal republicano. Suas motivações refletiram a tendência geral das províncias brasileiras durante o período da Regência: negar a autoridade instituída e os presidentes escolhidos para o governo provincial.
● Contexto Histórico e Causas
Antes de falarmos sobre a Sabinada, é importante que apresentemos o contexto histórico em que essa revolta ocorreu. No Rio Grande do Sul, a Revolução Farroupilha atingia a sua fase áurea e no Pará ainda resistiam núcleos Cabanos. Estas duas se constituíram nas mais duradouras revoltas do período regencial e os maiores desafios à pacificação e com possibilidades de envolvimento externo.
Na Corte, o Parlamento e Regência se enfrentavam. Nos meios intelectuais do Brasil apareciam várias doutrinas mal assimiladas, cujos defensores teoricamente se extremavam em defendê-las e colocá-las em prática, sem levar em conta a viabilidade prática das mesmas, num país gigante que ensaiava seus primeiros passos depois da independência.
O clima político na capital baiana ficou pior quando o Padre Feijó renunciou ao governo. Tudo isso desagradou a classe média, representantes das oligarquias rurais e o setor militar. Eles então criaram uma república temporária, que iria governar a Bahia até que D. Pedro II alcançasse a maioridade (15 anos).
O líder dessa revolta foi o médico Francisco Sabino da Rocha