Sabinada
Liderada pelo médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, que deu origem ao nome da revolta, a Sabinada tinha como objetivo criar uma república independente na Bahia enquanto o jovem Pedro II não atingisse a maioridade. Os sabinos estavam revoltados com o governo despótico e centralizador da Regência, principalmente após o recrutamento obrigatório imposto por eles para combaterem os manifestantes da Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul.
Para evitar o teor caótico das revoltas populares, Francisco Sabino e os intelectuais que o apoiaram não incitaram grandes massas e tentaram conquistar seus objetivos com aval do Exército e, de certa forma, parcimônia com a Regência.
No dia 7 de novembro de 1837, os sabinos chegam à cidade de Salvador com um pequeno número de combatentes, mas logo se espantam com o exército do império que está na defensiva.
Para surpresa de Sabino e companhia, o exército acaba apoiando ao movimento e parte, junto com eles, para vários quartéis de Salvador e para proclamar a “República Bahiense”, que deixava claro que duraria somente até a maioridade de Pedro II.
Francisco Sabino recomendou que o advogado Inocêncio da Rocha Galvão, que no momento estava exilado nos Estados Unidos, fosse presidente da província.
O ato de revolta liderado por Sabino provocou represálias por parte do governo central. Para tomar de volta o estado separatista e expulsar os sabinos do poder, o governo ordenou que tropas militares cercassem a província por terras e mares. A mobilização contou com o apoio dos senhores de engenho baianos, que não aderiram à Sabinada.
A resposta da regência fez com que mais de mil pessoas morressem em combate durante o efêmero período da Sabinada, que durou de novembro